Hoje em dia, existem seis clubes associações activas em termos desportivos, são eles: Santa Cruz Sport Club, Associação Cultural Desportiva e Recreativa da Graciosa, Graciosa Futebol Clube, Sport Club Marítimo, Sporting Clube de Guadalupe e Grupo Desportivo Luzense.
Segundo Medina (2008), um médico proveniente de Santa Maria, Dr. João de Deus Vieira, fundou o Clube Recreativo 1º Dezembro. Este clube realizava actividades como a ginástica e tinha como objectivo unir a juventude.
Em 1923, vieram estudantes de fora da ilha que “explicaram e exemplificaram” o que era o futebol. A juventude entusiasmou-se e começou a praticar o futebol dentro do Clube Recreativo, mas os directores não concordaram, pois a associação não tinha esse objectivo.
Um grupo de rapazes, amigavelmente, saiu do Recreativo e fundou um clube destinado à prática do futebol e, ao longo de 1923, conseguiram motivar alguns notáveis a apoiar a ideia e fundaram o Santa Cruz Sport Club, em 20 de Agosto de 1924.
Como eram necessários dois grupos para se praticar o futebol, foram criadas duas equipas dentro do mesmo clube, pois era difícil a organização de um segundo clube. Adoptaram um equipamento preto debruado a branco para uma das equipas e todo branco debruado a preto para a outra. O primeiro campo de futebol da ilha localizou-se na Barra.
Os praticantes começaram a ficar velhos para a prática do futebol, não havia preparação física adequada e devido a compromissos familiares e de emprego, por volta de 1931, foi decidido terminar a actividade do futebol mas manter em pleno toda a actividade associativa do clube.
Por volta de 1933, alguns sócios do Santa Cruz Sport Club decidiram construir um campo de ténis (ao lado do actual posto da PSP). Nesse recinto passou a praticar-se a patinagem, o ténis e o voleibol.
Entre 1936/1937, construíram dentro do recinto um campo de croquet com bolas de buxo.
Em fins de 1936, a juventude de Santa Cruz começou a sentir uma certa nostalgia do futebol. E decidiram relançar, em 1938, a prática do futebol, mas sem cometer o erro anterior de organizar mais do que uma equipa dentro do mesmo clube. O Santa Cruz escolheu o equipamento todo preto.
A Filarmónica Recreio dos Artistas (FRA), após praticar futebol durante algum tempo, acabou com esta modalidade, uma vez que os velhos músicos desta organização opuseram-se, firmemente, à continuidade da prática deste desporto, pois defendiam que as instalações não se adaptavam à sua actividade. Enquanto praticaram futebol, optaram por um equipamento de camisola branca debruada a verde e de calção verde.
Assim, em 1939, os maiores entusiastas do futebol na Graciosa saíram da FRA e fundaram o Graciosa Futebol Clube. Este clube adoptou um equipamento com a camisola de um amarelo vivo com uma faixa peitoral vermelha e calção branco.
No Outono de 1940, os dois clubes praticantes de futebol na Graciosa uniram esforços para construir um novo campo de jogos.
Acentuaram-se as rivalidades clubísticas e os dois grupos começaram a contratar jogadores de fora da ilha. O primeiro clube a fazê-lo foi o Santa Cruz, logo em 1939.
O futebol prosseguiu mais 2 ou 3 anos com grande entusiasmo e nítida melhoria das equipas. Mas, em fins de 1944, e de uma forma repentina, surgiu a falta de praticantes, provavelmente devido à segunda guerra mundial.
A falta de jogadores locais foi esmorecendo o entusiasmo e, em 1945, os poucos jogos que se fizeram sofriam da fraca qualidade dos seus praticantes e do consequente desinteresse dos adeptos. O último jogo fez-se no fim do Verão de 1945. Terminou, assim, a segunda fase do futebol da ilha Graciosa.
Meia dúzia de anos mais tarde, os adolescentes de 1945 sentiram de novo a nostalgia do futebol e de novo se abalançaram a constituir equipas e a retomar a sua prática que continua até aos dias de hoje. Nesta terceira fase do futebol da Graciosa, o SCSC já não entrou, algo que se verifica até aos dias de hoje.
Em seguida, passo a apresentar cada associação desportiva existente na ilha Graciosa, através das hiperligações existentes na barra de menús.